Jiu-Jitsu

A palavra Jiu Jitsu significa “arte suave” devido a seu princípio de ceder para vencer, usar o peso e a força de seu adversário contra ele mesmo e, ainda, de criar para cada técnica, uma força de alavanca que lhe permita mover um oponente muito mais forte e pesado. Esse princípio orientador é fazer o uso mais eficiente das energias mental e física.

O Jiu Jitsu nasceu há mais de 2500 anos. Criado por monges budistas, um povo nômade e franzino que freqüentemente era saqueado por outros povos e que, por sua religiosidade, não podiam usar armas, desenvolveram uma forma de defesa baseada no estudo dos movimentos dos animais, tendo como princípio a força de alavanca que permitia um indivíduo bem mais fraco, vencer um mais forte e pesado. Logo esta forma de luta cruzou a Ásia e chegou ao Japão onde se tornou a luta dos samurais, exímios guerreiros que tinham como função defender seus senhores se preciso, com a vida.

Os samurais dominavam varias técnicas de combate como facas, lanças e arco e flechas e tinham no jiu jitsu, sua luta de corpo a corpo. O jiu jitsu se destacava, apesar da agressividade da época, por características como equilíbrio e flexibilidade que venciam a força bruta.

Jiu Jitsu no Brasil

Após a primeira guerra mundial, houve uma grande imigração do povo japonês e o Brasil foi o país escolhido pelo conde Maeda Koma, campeão japonês da época, para viver. Maeda chegou ao Pará em meados de 1920 onde conheceu Gastão Gracie, homem influente na cidade de Belém do Pará e que o ajudou na nova cidade.

Em gratidão ao amigo, o conde Maeda Koma ensinou jiu jitsu ao filho mais velho de Gastão, Carlos, que em pouco tempo já dominava as técnicas e dava aulas. Mas foi seu irmão Helio Gracie que desenvolveu o jiu jitsu, a ponto de o esporte hoje, ser reconhecido como a forma mais perfeita de luta de todo o mundo. Helio, com seus 63 quilos, venceu adversários com mais de 100, provando assim que a técnica vence a força. Essa cultura, hoje reconhecidamente brasileira, faz com que exportemos nosso jiu jitsu por todo o mundo, tendo o Japão como grande consumidor de nossa arte.